Felicidade no Trabalho

Desafios no Mundo V.U.C.A.
27 de novembro de 2020
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FELICIDADE NO TRABALHO

Felicidade + Trabalho = Melhores Resultados

Se perguntarmos para qualquer pessoa no mundo, o que ela mais deseja e refinarmos as respostas chegaremos à conclusão de que é “Ser Feliz”, pois a felicidade é a maior busca do ser humano. Mas, quando o assunto é trabalho, será que esta resposta também se aplica?

Neste artigo aprofundaremos reflexões sobre este tema tão relevante para o momento.

Vivemos em um mundo V.U.C.A* – acrônimo para Volátil, Incerto (Uncertain), Complexo e Ambíguo – em que as respostas do passado não atendem mais os questionamentos do momento do presente.

O mundo vem se tornando cada vez mais digital e exponencial e essas mudanças tem impactado também o mundo do trabalho, em que as expectativas dos colaboradores sofreram grandes transformações. 

No ambiente organizacional composto por diferentes gerações – baby boomers, X, millennials e Z, com diversas exigências e um mercado de trabalho tão competitivo, torna-se cada vez mais urgente a promoção do desenvolvimento de uma Cultura de Felicidade Corporativa que possa atrair, engajar e manter profissionais que buscam mais do que carreira e sim experiências a serem vivenciadas dentro da organização.

“100% dos clientes são pessoas. 100% dos funcionários são pessoas. Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios.” (Simon Sinek)

Você sabe como os níveis de felicidade no trabalho impactam a performance do seu negócio?

Mais do que competências e habilidades, o nível de satisfação e bem-estar dos colaboradores também são indicadores importantes de desempenho nas organizações. 

É comprovado que pessoas felizes produzem mais e melhor, potencializando os resultados com um ambiente de trabalho positivo.

Mas, o que é essa tal Felicidade?

Em primeiro lugar, é necessário entender qual o lugar de fala da felicidade.

Por aqui, abordaremos este tema pelo olhar da Psicologia Positiva, que é o campo científico que define felicidade como experiência de contentamento e bem-estar combinada à sensação de que a vida tem sentido e vale a pena. 

Uma das grandes descobertas feitas por Martin Seligman, que apoiou seus estudos na criação da Psicologia Positiva, foi que assim como os pensamentos negativos podem ser aprendidos, os pensamentos positivos e otimistas também. Para ele, se a positividade poderia ser desenvolvida, todos os demais aspectos relacionados a ela também poderiam. Desta forma, nasciam novos caminhos para o ser humano encontrar seu bem-estar e a felicidade autêntica.

Segundo Mahatma Gandhi – “Não existe caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.” Mas, para Martin Seligman existem sim formas de se conquistar maior satisfação e plenitude. Para isso, ele desenvolveu o modelo PERMA (acrônimo), que fundamenta sua Teoria da Felicidade. Este modelo é formado por cinco elementos centrais:

  • Positive Emotion (Emoções Positivas);
  • Engagement (Engajamento e Estado de Flow); 
  • Relationship (Relacionamentos Nutritivos); 
  • Meaning (Sentido e Propósito); 
  • Accomplishment (Realização).

Modelo PERMA

No modelo PERMA, Seligman relaciona o bem-estar subjetivo à presença de mais Emoções Positivas do que negativas no dia a dia, ao exercício de atividades que propiciem Engajamento ou estado de Flow, à existência de Relações Nutritivas, à presença de um Propósito que vá além da própria pessoa e, por fim, às Realizações.

No livro Felicidade Autêntica (Objetiva, 2002), ele apresenta um passo a passo para alcançar níveis sustentáveis de alegria, gratificação e significado autênticos na vida pessoal e profissional.

Felicidade no Trabalho

Seligman defende que a Felicidade no Trabalho só é possível com o reconhecimento pleno das emoções positivas, virtudes e forças pessoais. 

Esse estado é complexo e abrangente, não se alterando com os obstáculos e as frustrações do dia a dia, uma vez que está além de alguns momentos de alegria.

Importante também mencionar que a Felicidade no Trabalho está diretamente ligada à autorrealização e a sensação de trabalhar com um propósito, aproveitando ao máximo o próprio potencial e enxergando o impacto positivo de suas ações nos resultados da empresa.

Segundo a Dra. Christine Carter, membro sênior do Greater Good Science Center da Universidade da Califórnia, as pessoas muitas vezes confundem felicidade no trabalho (e na vida) com ligeiros momentos de gratificação. Ela explica que a felicidade realmente envolve a capacidade de acessar “uma ampla gama de emoções positivas”, incluindo a esperança, o otimismo, a confiança, a gratidão, a inspiração e a admiração.

A felicidade também desempenha um significativo papel na produtividade e na qualidade do trabalho. 

De acordo com um estudo realizado pela Horizons Workforce Consulting, em torno de dois terços dos colaboradores felizes relatam que consistentemente superam as expectativas no trabalho.

Pesquisa publicada no Journal of Applied Psychology mostra que os colaboradores com altos níveis de satisfação no trabalho são mais cooperativos e propensos a ajudar os demais.

Vale ainda destacar que, a felicidade também faz bem para a saúde – quando há menos cansaço e frustração crônica, registra-se redução de doenças e absentismo.

Os desafios das organizações são crescentes, considerando que:

  • O Brasil é o país mais ansioso do mundo e o segundo mais depressivo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS);
  • Acima de 70% da população (economicamente ativa) sofre com os sintomas físicos do estresse crônico (segundo ISMA-BR).
  • Os gastos decorrentes de afastamento, absenteísmo, presenteísmo, turnover e desengajamento têm pesado no bolso das empresas.

Focar no bem-estar corporativo passou a ser estratégico e crucial para sustentabilidade dos negócios.

Empresas que abraçam a felicidade e o bem-estar como estratégia de negócios, chegam a obter:

+31% Produtividade (Greenberg & Arawaka)

+44% Retenção (Gallup)

-66% Ausências por doença (Forbes)

-55% Turnover (Forbes)

A felicidade no trabalho é um assunto que vem ganhando relevância no mercado, pois o cenário tem demonstrado cada vez mais que, as pessoas têm buscado se vincular a empresas que estejam alinhadas a seus valores pessoais e nas quais possam viver suas potencialidades e habilidades.

Já as empresas, por sua vez, estão em busca de diferentes alternativas para aumentar o engajamento, acolher a diversidade e fomentar uma cultura de bem-estar, na qual os colaboradores elevem a performance e atinjam os resultados. 

Quando o tema é Felicidade no Trabalho dois indicadores se destacam: engajamento e satisfação do colaborador.

Engajamento é muito mais do que estar comprometido, é ter uma ligação emocional com o que se faz e isso está relacionado com o propósito que o colaborador reconhece no seu trabalho, assim como ele vive esse propósito no dia a dia.

Schaufeli, Salanova, González-Romá e Bakker (2002) definiu engajamento no trabalho como um estado mental positivo e satisfatório caracterizado por vigor, dedicação e absorção. 

Segundo Kahn (1990), quando uma pessoa está engajada no trabalho, ela faz uso de seus aspectos cognitivo, emocional e físico em sua performance. Desta forma, estar totalmente engajado significa exibir sua completude no papel que desempenha. Ao passo que uma pessoa desengajada se dissocia de sua função de trabalho.

O relatório da Global Study of Engagement, 2019, mostrou que o percentual de trabalhadores altamente engajados no Brasil está em queda, tendo atingido 14% na última mensuração. Vale ressaltar que, engajamento no trabalho é um dos construtos relacionados à felicidade laboral. 

A boa notícia é que além da Pesquisa de Clima já é possível mensurar os índices de Engajamento no Trabalho e Satisfação no Trabalho, por meio de novas escalas, cientificamente comprovadas, que permitem a organização identificar os níveis de felicidade de seus colaboradores no trabalho e assim traçar um Plano Estratégico de Felicidade, com indicadores mensuráveis que fomentem uma Cultura Corporativa Positiva, pautada na Felicidade e no Bem-Estar.

As organizações voltadas para o bem-estar e felicidade são mais admiradas por seus clientes, seus colaboradores são mais produtivos e o retorno financeiro para os acionistas é superior.

+21% Produtividade

+45% Adaptabilidade a mudança

+300% Inovação

-37% Absenteísmo

-48% Acidentes de trabalho

-59% Probabilidade de deixar a empresa

-400% Probabilidade de Burnout

(Fonte: Gallup, Achor e Seligman – Delivering Happiness)

Na Happy Academy, acreditamos que a Felicidade no Trabalho deve estar na lista das principais prioridades de todas as empresas:  grandes e pequenas, nacionais e internacionais que buscam promover a humanização dos ambientes de trabalho.

Uma Cultura Corporativa Positiva contribui para o desenvolvimento de pessoas capazes de lidar com suas próprias emoções, focadas e positivas frente às adversidades, mudanças constantes e desafios. E também promove times de alta performance, que estejam alinhados à cultura do negócio, engajados e de forma colaborativa, que sejam capazes de se comunicarem com autenticidade, empatia e assertividade. 

A ciência já comprovou que felicidade é causa, não resultado do sucesso.

Por mais complexo que tudo isso possa parecer a Cultura de Felicidade está nas coisas simples, nas experiências vivenciadas no dia a dia.

“Quando nos deixamos guiar pela felicidade, nos posicionamos no caminho que sempre esteve ali, à nossa espera, e vivemos exatamente a vida que deveríamos estar vivendo.”          (Joseph Campbell)

A Happy Academy é especializada em soluções para humanização das organizações  e desenvolvimento profissional, elevando os níveis de felicidade corporativa bem-estar integral, com o objetivo de ampliar o engajamento, produtividade e os resultados corporativos.

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Por Viviane Minozzo
Happy Academy

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Viviane Minozzo
Viviane Minozzo
Psicóloga (CRP 06/72.600), Educadora Emocional Positiva e Hipnoterapeuta clínica, pós graduada em Comportamento Humano nas Organizações (PUC), Desenho Instrucional e Metodologias de Aprendizagem (USP), MBA em Gestão empresarial (FGV), Especialista em Ciência da Gratidão e da Felicidade, Psicologia Positiva e Neurociência (Centro Sofia Bauer). É facilitadora do método FIB (Felicidade Interna Bruta) e certificada como Chief Happines Officer. Depois de mais de 18 anos trabalhando com desenvolvimento de pessoas no mundo corporativo, decidiu construir sua jornada com propósito e criou a Escola da Gratidão.

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